A FONTE DA VIDA (THE FOUNTAIN)


A FONTE DA VIDA (THE FOUNTAIN)
EUA / 2006 / FICÇÃO CIENTÍFICA / 96 min.
DIREÇÃO: Darren Aronofsky
ROTEIRO: Darren Aronofsky e Ari Handel
ELENCO: Hugh Jackman, Rachel Weisz, Marcello Bezina, Alexander Bisping, Ellen Burstyn.
A Fonte da Vida (The Fauntain), mais recente trabalho de Darren Aronofsky (PI, Réquiem para um sonho), pode ser definido com pucas palavras: interessante e surreal.
O filme aborda um tema universal, o amor, de forma peculiar. Um típico filme quebra-cabeça, mas que, na verdade, não é muito difícil de entender, as peças vão se encaixando de naturalmente.
São contadas três histórias paralelas em tempos diferentes. Nessas três há sempre um homem atormentado em busca da mesma coisa, mas sob perspectivas diferentes.
Hugh Jackman (o Wolverine de X-Men) vive, no presente, Tommy Creo, um cientista em busca da cura do câncer, pois a sua esposa, Izzi (Rachel Weisz – O Jardineiro Fiel, Um Grande Garoto) sofre dessa doença. Enquanto isso Izzi escreve um livro que é retratado na tela como uma das histórias paralelas, ambientada na Idade Média. A terceira parte dessa história se passa no futuro, onde um homem atormentado por seus fantasmas interiores viaja pelo espaço. É importante ressaltar que nos três momentos os personagens principais são vividos por Jackman e Weisz. Ótimos, por sinal.
Por mais surreal que possa parecer a ligação entre essas histórias – uma na Idade Média, uma no presente e uma não apenas no futuro como também no espaço – se ligam muito bem. As pontas se encontram embora algumas possam permanecer soltas, o que provoca uma maior reflexão sobre o que foi visto, pois A Fonte da Vida está aberto a interpretações.
Tenho apenas algumas últimas observações: esse filme aborda o amor, a inquietação, o medo da morte e a aceitação dela, os demônios internos e a angústia. Não chega a ser um filme realmente profundo, nem é tão intenso quanto o trabalho anterior do diretor (Réquiem), mas dentro de uma estética trabalhada (apesar dos cortes no orçamento que foi de 75 milhões de dólares para 35 milhões) o cineasta pelo menos se propõe a discutir tais temas e isso já é alguma coisa.
Também é interessante observar que em A Fonte da Vida os cortes rápidos do diretor não estão presentes. Aqui encontramos uma edição bem mais tranqüila que diminui a dinâmica habitual de seus longas, mas que ajuda a contar a história sóbria e equilibradamente.
Outra coisa interessante que pode acontecer enquanto você assiste a esse filme é observar a reação das pessoas durante a exibição. Como se trata de uma forma não-convencional de cinema as reações são as mais interessantes possíveis, chega a ser engraçado. É difícil não prestar atenção a isso.
Do mesmo diretor e que você PRECISA ver:
Requiem para um Sonho (Requiem for a dream)
102 min. / 2000.
Dir. Darren Aronofsky.
Elenco: Jenifer Conelly, Jered Letto, Marlon Wayans, Ellen Burstyn.
Natali Assunção.

5 Comments:
eu assisti Requiem para um Sonho.
e não assisto de novo nem q me paguem!
fiquei mal depois do filme!
rs
sério mesmo!
nunca mais fui ao cinema.
nem peguei filme na locadora.
=(((
Deu vontade de ver visse Natali?! =]
hahahaha Inayá... Eu comprei Requiem para um sonho e, juro, lembrei de vc na hora... Mas é realmente um filme pesado...
Jah a fonte da vida não é pesado vc pode ver sem medo:)
:***
Li
Adorei o filme, embora ainda tenha uma série de questionamentos sobre ele. As histórias que são contadas tanto no século passado quanto no presente são fáceis de se entender, o problema surge quando o diretor coloca o futuro na história...aí complica! É um filme pra se assistir mais de uma vez, e embora a história aborde um tema tão retratado nas telonas, Darren Aronofsky conseguiu dar uma roupagem extremamente interessante!
Ahhh...outra coisa muito boa é a questão do enquadramento da câmera...adorei as cenas que davam pra ver praticamente os poros dos personagens...achei de extrema sensibilidade do diretor. Enfim, só tenho elogios a fazer.
Quanto ao que Natali falou sobre a reação do público..é...isso reamente acontece :P
Bruna, realmente a parte do futuro é a única que complica, mas - CASO VC AINDA NÃO TENHA VISTO O FILME, NÃO LEIA - eu interpretei da seguinte forma: para mim aquilo não era o futuro realmente, mas sim como ele se sentia. Depois de tê-la perdido, entende? e aquele final seria mais ou menos o momento no qual ele consegue superar tudo... a perda. Bom, eu interpretei assim, mas pelo q li a maioria do pessoal entende como aquela parte do espaço sendo o futuro mesmo...
Li
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