Coisas e Cinema

Saturday, December 30, 2006

O PEQUENO PRÍNCIPE



"...se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música."

Essa passagem de “O Pequeno Príncipe” mostra a leveza e a simplicidade de todo o livro de Antoine de Saint-Exupéry. Essa obra da literatura infanto-juvenil, na verdade, nem pode ser considerado “livro pra criança”, se você ainda não o leu pode não entender, mas essa é uma leitura obrigatória,todo mundo deve lê-lo pelo menos uma vez na vida.

O enredo fala sobre amizade, companheirismo, sonhos... Um livro pra quem pretende ainda se encontrar com a criança interior.

A obra já vendeu mais de 6 milhões de exemplares só no Brasil. Um clássico.

Pra quem quer ler o livro:
http://www.mayrink.g12.br/pp/Cap01.htm

Quem quiser também pode ver o filme “O Pequeno Príncipe”, um musical da década de 70, com Gene Wilde, aquele que fez Willy Wonka na primeira versão de “A fantástica fábrica de chocolates”, e nesse filme representa a raposa.

Outras obras de Antoine de Saint-Exupéry:

- Correio do Sul (1929)
- Vôo Noturno (1931)
- Terra de Homens (1939)
- Piloto de Guerra (1942)
- O Pequeno Príncipe (1943)

(Para Inayá)
=)
Boa Leitura.
Talita Arruda.

Wednesday, December 27, 2006

NÓS VENDEMOS FELICIDADE



Ah! O Natal! Tempo de amor, paz e alegria! Tempo de celebrar a família, a vida e de sermos mais amigáveis uns com os outros. De nos sentirmos irmãos... E, acima de tudo, tempo de celebrar o nascimento de Jesus Cristo! De perdoarmos, de sermos perdoados, de semear felicidade!
Ou não. É tempo mesmo é de comprar! De comprar tudo e qualquer coisa. De gastar o décimo terceiro nas compras de fim de ano e ser feliz... Comprando! Tempo de disputar a tapa aquele celular ou aquele sapato no Shopping mais próximo de casa ou no centro da cidade mesmo. Afinal de contas é como diz a mulher que anuncia as promoções nas lojas americanas: “Nós vendemos felicidade!”
Fim de ano é um inferno! Ta todo mundo na rua o tempo todo para garantir tudo e mais um pouco nessa época mágica. Quem já tentou (ou foi obrigado a) ir a algum shopping ou à Conde da Boa Vista esses dias sabe do que estou falando... Pessoas se esbarrando e lutando por aquele detalhezinho que falta. E agora ainda tem O EVENTO, não é? Os shoppings vão funcionar 24 horas do dia 23 ao dia 24 de dezembro!!! O que essas pessoas têm tanto para comprar eu não sei, mas garanto que se durante toda a semana que antecede o natal os shoppings estivessem abertos 24 horas eles estariam lotados 24 horas!!! Tenho pena mesmo de quem trabalha por lá...
Eu estava assistindo ao jornal da manhã na televisão e a matéria era justamente sobre a movimentação nos shppings nesse fim de ano. E uma das entrevistadas dizia o seguinte: “deu pra comprar bastante”. Por que ela queria comprar tanto eu não sei, porque quando ela falava não parecia que se tratava de produtos necessários, mas sim que já que ela estava lá ela precisava gastar muito... É estranho, ainda mais por que há uma multidão fazendo a mesma coisa. Ver aquele mar de gente lembra até mesmo o carnaval!

É absurdo! Não, não condeno compras de fim de ano e sim, também faço compras! Mas também enxergo o que se passa a minha volta e prece que muita gente não percebe. E o natal é isso: comprar, comprar e comprar. Aquele negócio de Jesus não vem mais ao caso, algumas pessoas podem até lembram, mas é uma lembrança vaga... E eu nem sou religiosa, mas essa data – assim como quase todas as outras, se não todas – se tornou mais uma celebração do capitalismo. E isso pode ser perturbador. É... É como dizia o banner do Paço Alfândega (não está mais pendurado por lá): “Comprar e Viver”. Então comprem essa felicidade e vivam!




Natali Assunção.

Monday, December 25, 2006

DECORAÇÃO

Recife... Vocês já repararam na estonteante decoração de natal da cidade? Difícil é não perceber... Adornos e fitas azuis, vermelhas e prateadas representando o homenageado do ano: o pastoril. Parece mesmo é que alguém jogou aquele negócio lá de qualquer jeito só para dizer que alguma coisa foi feita. Nunca uma decoração recifense despertou tamanho interesse das pessoas...
Minha indignação teve início enquanto eu voltava para casa ao anoitecer. Estava em um ônibus em plena Agamenon Magalhães, olhei pela janela e vi aquelas coisas penduradas nas árvores. Pensei comigo: “não, essa não é a decoração de Natal. Tem alguma coisa errada aí. Deve ser um engano”. Era assustador.
Mas quem estava errada era eu e aquilo era mesmo a decoração oficial. Alguém realmente “pensou” aquilo para a cidade que, convenhamos, já não está muito bem conservada. Então alguém teve a idéia genial de pendurar um papel tosco para representar o natal e... O pastoril!!! Gostaria de saber quem foi o (a) gênio (a). E ainda mais: como alguém deixou essa idéia brilhante ser executada!
Mas a pergunta que fica martelando na minha cabeça (e na de muitos cidadãos) é: quanto foi gasto com essa “decoração”? E eu respondo: mais de um milhão!!!!! Sim, mais de um milhão para pendurar as tais fitinhas pelas árvores da cidade. Mais de UM MILHÃO para deixar a cidade com um aspecto ainda pior!
Mas o mais incrível é que ainda há comunicadores que defendem o que foi feito e alegam não ser essa uma questão importante a ser discutida, pois não importa se uma decoração está bonita ou não. Hum... E eu achando que uma decoração servia para... DECORAR!!!! ENFEITAR!!! EMBELEZAR!!! Afinal de contas qual é a finalidade de decorar um lugar se não deixa-lo mais bonito? E ainda faço mais uma: como é que discutir a forma como esse dinheiro foi gasto, ou melhor: jogado fora, pode não ser importante para a sociedade? Difícil entender... Acho que todo mundo tem mesmo o rabo preso.



Natali Assunção.

Wednesday, December 20, 2006

Esse negócio de jornalismo...


A idéia inicial desse post era comentar a demissão de um jornalista da TV Globo, por acusação de envolvimento com a máfia de caça – níqueis. Mas como eu não estou bastante informada sobre o assunto vou tentar escrever um pouco aqui sobre a situação do jornalismo de TV/Rádio/Impresso.
[link para o caso do jornalista acusado: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=412JDB010]

A função do jornalista perante a sociedade é, dentre outras:

Art. 1º- O acesso à informação pública é um direito inerente à condição de vida em sociedade, que não pode ser impedido por nenhum tipo de interesse.
(Código de Ética do Jornalismo disponível em: www.vitoria.es.gov.br/secretarias/comunica/codigo.doc

É de conhecimento de todos que a mídia do Brasil tem um alcance enorme para a população brasileira, mas algumas pessoas não sabem como a ela é manipulada, ou se sabe vira as costas, porque a TV Globo, a mais denunciada por todos como “manipuladora de mentes e idéias” é também a mais assistida, isso não faz sentido. Mas claro que não é só a TV Globo, mas outras emissoras também.

Um dos problemas das empresas jornalísticas é que para abrir alguma é preciso ter influências no governo, ou da igreja, porque as concessões são dadas a partir de interesses... Já começa errado, não podemos nem ter confiança de que isso irá mudar. Têm-se notícia de que 1 em cada 10 deputados tem concessão de emissoras de rádio ou de TV.

Todos já sabem, também, que a mídia se constitui no 4º poder, já que tem, ou pelo menos tinha, a função de denunciar os abusos dos outros três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), mas na verdade, essa função foi deturpada pelos meios de comunicação parciais e cheios de interesses.
(Quem quiser saber mais sobre quarto poder pode assistir o filme de mesmo nome com: Dustin Hoffman e Jonh Travolta, 1997, 114 minutos.)

Os jornalistas comentam que esse ano foi de muita importância para o jornalismo brasileiro, porque houve uma intensificação na vigilância dos meios de comunicação, tanto pela sociedade, quanto pelos próprios jornalistas. Bom, isso realmente aconteceu, mas o que a sociedade vê continua sendo a mesma coisa e ainda não é reparada pelos erros que foram divulgados.

Pra quem quer saber sobre uma pequena manipulação nas eleições de 2006...
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=412JDB012 [link para a carta de Rodrigo Vianna – ex-repórter da Globo que critica a imprensa televisiva]

E não adianta eu falar um milhão de coisas sobre isso, acho que todo mundo já está cansado de saber, ou desconfia, o que acontece por trás dos sorrisos dos apresentadores de telejornais.

Cansa e envergonha quem pretende fazer parte desse meio.
Ser jornalista é um problema, ficar submetido às pressões da empresa não pesa tanto em outras profissões... O futuro é o blog!

=]
Obrigada!
Talita Arruda.

Friday, December 15, 2006

SOBRE O ORKUT.COM


[O Orkut é um site que foi criado em 2004, por um funcionário da Google, que se chamava Orkut Büyükkökten]

Começando por um resumo do que é o Orkut é basicamente isto: uma rede de relacionamentos que virou moda no país, onde você pode adicionar seus amigos ou aqueles que têm alguma coisa em comum com você, saber quem é seu fã, ter um álbum que todos podem acessar, poder dizer quem você é para o mundo, saber se você é sexy, legal, poder divulgar sua opção sexual e quem você é através de suas comunidades...

Enfim, basicamente é isso, mas já é de tal forma utilizado que se tornou indispensável, pelo menos no Brasil, para quem quer ter uma vida social ativa, já que todos se encontram neste site.

O problema do Orkut é que os relacionamentos tomaram uma forma diferente... Parece que tudo está mais rápido, certamente mais exposto, mas todo mundo se ama, apesar de nunca ter se falado pessoalmente, ou todo mundo está sempre em alguma festa só pra colocar as fotos no álbum... E, claro, pessoas que lutam arduamente para conhecer gente nova e adicionar (add), lutam por mais fãs e por muitos e muitos depoimentos dizendo como outra pessoa vê você. Status? Vai entender...

Está tudo muito diferente, quando antes nos correspondíamos através de cartas, ou com telefonemas, ou mais recente ainda com e-mails, agora o bom mesmo é espalhar bilhetinhos/recados pelos perfis de outras pessoas.

O Orkut tem suas vantagens, por exemplo, você pode achar pessoas que não vê há muito tempo e já havia perdido o contato, pode entrar em comunidades com tópicos interessantes e participar ativamente deles, pode achar emprego em algumas comunidades que dão dicas, pode relacionar-se com pessoas que você não tinha nem noção de que poderia.

Porém as desvantagens são muitas, entre elas está a superexposição, o perigo constante de contrair vírus para o seu computador, o crescente número de crimes praticados na rede, que aumentaram 30%, o que fez a Google pensar até na retirada do site de relacionamentos do ar no Brasil, mas isso seria realmente difícil, já que cerca de 80 a 90% dos usuários são brasileiros e já se tornou alvo da mídia brasileira, que dá destaque para notícias sobre este seite de relacionamentos.

Bom, para quem já tem um perfil no site é bom tomar cuidado com certos links passados por recados, geralmente de conhecidos, como este:

- Dá uma olhada nas fotos da nossa festa, ficaram ótimas. [link]

Pra quem já foi infectado com algum vírus pode obter ajuda neste site:

http://linhadefensiva.uol.com.br/2006/05/orkut-festa/

E para quem quer denunciar abusos cometidos pelos usuários do Orkut, ou em qualquer outro site da Internet:

SaferNet: http://www.denunciar.org.br/twiki/bin/view/SaferNet/WebHome


Talita Arruda =)

Wednesday, December 13, 2006

PULSE




PULSE (PULSE)
EUA / 2006 / 90 min.
DIRETOR: JIM SONZERO



Sim, sim, esse é mais um filme de terror / suspense baseado em um filme oriental... Dessa vez um hacker libera, sem querer, um “vírus” que passa a atormentar a cidade. O detalhe é que esse vírus, na verdade é um... Fantasma... Demônio, algo do gênero que passa a caçar as pessoas em busca do seu bem mais precioso: suas vidas! Tudo começa quando Josh libera o tal monstro e se suicida sem motivo aparente. A partir daí uma das amigas desse garoto (ela É a barbie, eu tenho certeza!!!) passa a investigar a situação com a ajuda de Ian Somerhalder (o Boo de LOST). Bom, daí por diante mais do mesmo: “sustos” (ou, pelo menos, a intenção de assustar), monstros que nunca viram a luz do sol, efeitos especiais que lembram CONSTANTINE em alguns momentos, adolescentes desesperados, cidades vazias, assim como em MADRUGADA DOS MORTOS e, sim, um gancho para uma continuação!
PULSE é baseado em KAIRO, filme japonês dirigido e roteirizado por Kiyoshi Kurosawa, o qual foi responsável pelo roteiro desta adaptação, mas aqui em conjunto com Wes Craven (diretor de Pânico e de A Hora do Pesadelo).
O filme provavelmente não agradará nem aos fãs do gênero de tão fraco que é. Parece mais uma propaganda de celular (principalmente do V3) do que um longa de suspense.
O final ainda tenta forçar numa reflexão acerca do fato de os meios de comunicação estarem afastando as pessoas ao invés de aproximando-as... Mas fica totalmente fora de foco e não convence absolutamente ninguém.
Conselho? Veja outro filme.








Natali Assunção.

Monday, December 11, 2006

Como Contar um Conto


COMO CONTAR UM CONTO
OFICINA DE ROTEIRO DE GABRIEL GARCÍA MARQUEZ
TRADUÇÃO: ERIC NEPOMUCENO
CASA JORGE EDITORA

Para todos os apaixonados pela arte de contar histórias e para todos aqueles que querem contar histórias, seja através de contos, roteiros ou o que for, Como Contar um Conto pode ser muito útil.
Gabriel García Márquez leciona em uma oficina de roteiro todos os anos na Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños, em Cuba. E este livro corresponde a uma dessas oficinas oferecidas pelo autor. Há um grupo de dez alunos que apresenta, um por vez, as suas idéias a García Márquez e aos demais da turma com a finalidade de definir um argumento para um roteiro que será elaborado pelo autor da idéia. O material apresentado é bastante variado. Algumas vezes se apresentam argumentos, outras, uma simples cena. Mas é a partir do momento em que essas idéias são compartilhadas que todos começam a pensam em conjunto numa maneira de melhorá-las, adapta-las, incrementa-las.
Como se trata de uma aula, a linguagem é bastante acessível, dinâmica e envolvente. É como se o leitor fizesse parte daquele momento único de criação. É muito interessante observar como o pensamento de cada um vai se modelando e até mesmo se modificando e acaba por tomar caminhos inesperados.
No decorrer do livro – e do curso – o leitor recebe informações importantes relacionados à escrita. Muitas são as lições dadas por García Márquez. Às vezes são “dicas” simples, mas que fazem toda a diferença.

Natali Assunção.



Sunday, December 10, 2006

CLOSER


CLOSER, Perto Demais.
EUA / 2004 / 100 min.
DIREÇÃO: MIKE NICHOLS.
ELENCO: JULIA ROBERTS, JUDE LAW, NATALIE PORTMAN e CLIVE OWEN.
MÚSICA: DAMIEN RICE.


Quando se fala de “Closer, Perto Demais” com certeza não se fala em unanimidade, alguns o acham monótono, já outros acham que é um dos melhores filmes já feitos. Na minha opinião, quem deseja assistir a esse filme, ou já o assistiu e pretende assisti-lo novamente, deve ter um olhar crítico sobre ele, pois trata de uma forma muito leve a “questão” a que se pretende.

O filme trata dos “novos” relacionamentos, ou do novo jeito de relacionar-se,se apaixonar sem saber qualquer coisa sobre a pessoa, destruir e reconstruir amores e sentimentos, não confiar... Acho que a intenção desse filme era fazer uma crítica a modernidade, mas se tornou tão belo que, às vezes, é imperceptível.

Bom lembrar também que Closer foi adaptado dos palcos do teatro para a telona, originalmente “Angels in America” (2003).

http://www.youtube.com/watch?v=OjIh4zuDSig [link para o trailer]

Ah, não posso esquecer da música que marcou o filme e o filme que marcou a música... The Blower’s Daughter, a música marcou tanto, mais tanto mesmo que virou hit de novela global, com direito a tradução.

http://damien-rice.letras.terra.com.br/letras/121129/ [link para a letra da música].

Talita Arruda.

Friday, December 08, 2006

PENSAMENTOS

Ônibus é mesmo um meio de transporte interessante... Nele as coisas mais incríveis podem acontecer. Tudo bem, ninguém gosta de andar em ônibus lotado, nem de pagar caro por uma passagem quando o serviço oferecido deixa muito a desejar e nem de esperar tanto pelo bendito busão. Mas sejamos sinceros: muita coisa pode acontecer sobre aquelas rodas. Todo mundo que utiliza esse serviço tem história pra contar, principalmente histórias engraçadas.
Mas não é bem sobre isso que eu quero falar. Vocês já repararam na proliferação de fones de ouvido dentro do busão nosso de cada dia? Tenho notado que ultimamente o número de pessoas com fones de ouvido vem crescendo. E muito. Isso tudo por causa dos MP3, Ipods, celulares com rádio e ainda devido aos clássicos radinhos de pilha, walkmen e diskmen da vida.
Devo confessar que estou entre essas pessoas, mas pude observar esse fato durante as minhas viagens diárias e a partir daí comecei a pensar a respeito de outro assunto... É que quando vejo todas aquelas pessoas absortas em suas músicas, rádios e notícias, começo a refletir: parece que essa situação se tornou outra maneira de nos separarmos ainda mais uns dos outros. Estamos todos imersos, mergulhados nos nossos mundos particulares.
As pessoas vêm se tornando cada vez mais isoladas umas das outras devido ao estilo de vida que se vem cultivando e quando vejo tantos indivíduos isolados do mundo, envoltos em seus MP3 e afins me parece que estamos nos afundando cada vez mais nessa solidão, que estamos cavando ainda mais fundo esse abismo entre nós mesmos. E pensar assim é deprimente.


Natali Assunção.

Wednesday, December 06, 2006

A PROMESSA (THE PLEDGE)




A PROMESSA (THE PLEDGE)
EUA / 2001 / 124min.
DIRETOR: SEAN PENN
ELENCO: JACK NICHOLSON, PATRICIA CLARKSON, BEAU DANIELS, BENICIO DEL TORO…



Terceiro filme dirigido pelo ator Sean Penn, A Promessa trata da vida de um policial, Jerry Black (Jack Nicholson – sempre bem), que prestes a se aposentar, depara-se com um assassinato de uma garotinha. As autoridades chagam a um culpado, mas Jerry não se satisfaz com o resultado e, movido por uma promessa feita a mãe da vítima, passa a procurar o assassino por conta própria. A vida do policial toma um novo rumo, mas o caso da garotinha se torna uma obsessão e ele tentará resolve-lo a qualquer custo.
A trama chega a ser forçada. Alguns eventos vividos por Jerry Black são difíceis de engolir porque certas situações enfrentadas por ele não parecem muito naturais. No entanto esse enredo consegue desembocar em um final inesperado.
SEAN PENN:

ATUOU:
- OS ÚLTIMOS PASSOS DE UM HOMEM (DEAD MAN WALKING / 1995)
- UMA LIÇÃO DE AMOR (I AM SAM / 2001)
- SOBRE MENINOS E LOBOS (MYSTIC RIVER / 2003)

DIRIGIU:
- ACERTO FINAL (THE CROSSING GUARD / 1995)
- UNIDOS PELO SANGUE (THE INDIAN RUNNER / 1991)

JACK NICHOLSON:
- O ILUMINADO (THE SHINING / 1980)
- ALGUÉM TEM QUE CEDER (SOMETHING’S GOTTA GIVE / 2003)


E, SEU MAIS RECENTE TRABALHO NOS CINEMAS É TAMBÉM O ÚLTIMO TRABALHO DO ACLAMADO MATIN SCORCESE:
- OS INFILTRADOS (THE DEPARTED / EUA / 2006) COM LEONARDO DICAPRIO, MATT DAMON, MARTIN SHEEN E MARK WAHLBERG NO ELENCO. (QUEM AINDA NÃO VIU AINDA TEM TEMPO, ESSE FILME CONTINUA EM CARTAZ NOS CINEMAS DA CIDADE).
Natali.

Monday, December 04, 2006

"1984" e "Escute, Zé-ninguém"




Lendo algumas coisas percebemos a ligação que de repente se defrontam com você.

Finalmente peguei o livro “1984”, de George Orwel, que conta como seria o mundo depois do Capitalismo, quando havia o chamado Grande Irmão (Big Brother), que vigia a tudo e todos, não só as ações, mas também os pensamentos, controla o passado, o presente e, sempre que possível, o futuro.

Lendo também “Escute, Zé-Ninguém”, de Wilhelm Reich, um livro que fala sobre o ser humano de uma forma interessante, em que muitos se encaixam na categoria de “homens-comuns”, aqueles seres passivos a tudo, que se deixam controlar facilmente e não tem opinião própria, que podem escolher um caminho certo, mas como vão sempre com a maioria escolhem o lado errado.

Essas obras se encaixam, o ser humano é isso, não apenas isso, mas muito do que está contido nestas obras... Não é livre, não faz o que ele quer, não tem controle sobre qualquer coisa e caminhamos cada vez mais para o ócio mental que antes ainda parecia haver em nossos futuros governantes... A idéia é mais ou menos essa somos seres tão pequenininhos e fazemos mal a tanta gente e a nós mesmos sem saber.


- George Orwel:

Na pior em Paris e Londres (1933)
Dias na Birmânia (1934)
O Caminho de Wigan (1937)
Lutando na Espanha (1938)
A Revolução dos Bichos (1945)
Por Que Escrevo (1946)
1984 (1949)

- Wilhelm Reich:

Escreveu muitos livros, mas todos os sites estão incompletos ou confusos.
Escute, Zé-Ninguém foi escrito no ano de 1946.


Pra quem quer ler o livro 1984, de George Orwel, pela net: http://www.odialetico.hpg.ig.com.br/literatura/1984.htm

Não achei nenhum site com o livro de Reich.

De 1984 também foi gravado um filme com direção de Michael Radford, que estreeou em 1985.

Boa leitura.

Talita Arruda.
=)

Sunday, December 03, 2006

A FONTE DA VIDA (THE FOUNTAIN)




A FONTE DA VIDA (THE FOUNTAIN)
EUA / 2006 / FICÇÃO CIENTÍFICA / 96 min.
DIREÇÃO: Darren Aronofsky

ROTEIRO: Darren Aronofsky e Ari Handel
ELENCO: Hugh Jackman, Rachel Weisz, Marcello Bezina, Alexander Bisping, Ellen Burstyn.



A Fonte da Vida (The Fauntain), mais recente trabalho de Darren Aronofsky (PI, Réquiem para um sonho), pode ser definido com pucas palavras: interessante e surreal.
O filme aborda um tema universal, o amor, de forma peculiar. Um típico filme quebra-cabeça, mas que, na verdade, não é muito difícil de entender, as peças vão se encaixando de naturalmente.
São contadas três histórias paralelas em tempos diferentes. Nessas três há sempre um homem atormentado em busca da mesma coisa, mas sob perspectivas diferentes.
Hugh Jackman (o Wolverine de X-Men) vive, no presente, Tommy Creo, um cientista em busca da cura do câncer, pois a sua esposa, Izzi (Rachel Weisz – O Jardineiro Fiel, Um Grande Garoto) sofre dessa doença. Enquanto isso Izzi escreve um livro que é retratado na tela como uma das histórias paralelas, ambientada na Idade Média. A terceira parte dessa história se passa no futuro, onde um homem atormentado por seus fantasmas interiores viaja pelo espaço. É importante ressaltar que nos três momentos os personagens principais são vividos por Jackman e Weisz. Ótimos, por sinal.
Por mais surreal que possa parecer a ligação entre essas histórias – uma na Idade Média, uma no presente e uma não apenas no futuro como também no espaço – se ligam muito bem. As pontas se encontram embora algumas possam permanecer soltas, o que provoca uma maior reflexão sobre o que foi visto, pois A Fonte da Vida está aberto a interpretações.
Tenho apenas algumas últimas observações: esse filme aborda o amor, a inquietação, o medo da morte e a aceitação dela, os demônios internos e a angústia. Não chega a ser um filme realmente profundo, nem é tão intenso quanto o trabalho anterior do diretor (Réquiem), mas dentro de uma estética trabalhada (apesar dos cortes no orçamento que foi de 75 milhões de dólares para 35 milhões) o cineasta pelo menos se propõe a discutir tais temas e isso já é alguma coisa.
Também é interessante observar que em A Fonte da Vida os cortes rápidos do diretor não estão presentes. Aqui encontramos uma edição bem mais tranqüila que diminui a dinâmica habitual de seus longas, mas que ajuda a contar a história sóbria e equilibradamente.
Outra coisa interessante que pode acontecer enquanto você assiste a esse filme é observar a reação das pessoas durante a exibição. Como se trata de uma forma não-convencional de cinema as reações são as mais interessantes possíveis, chega a ser engraçado. É difícil não prestar atenção a isso.

Do mesmo diretor e que você PRECISA ver:

Requiem para um Sonho (Requiem for a dream)

102 min. / 2000.

Dir. Darren Aronofsky.

Elenco: Jenifer Conelly, Jered Letto, Marlon Wayans, Ellen Burstyn.

Natali Assunção.